EDP vai pagar a António Mexia €800 mil por ano até 2023

Elétrica firmou com o ex-presidente executivo um acordo de não concorrência, que garante a Mexia uma soma acumulada de 2,4 milhões de euros, seguro de saúde e seguro de vida
Elétrica firmou com o ex-presidente executivo um acordo de não concorrência, que garante a Mexia uma soma acumulada de 2,4 milhões de euros, seguro de saúde e seguro de vida
Editor de Economia
O afastamento de António Mexia da administração da EDP por decisão do juiz Carlos Alexandre tirou o gestor da estrutura da elétrica mas não tirou a elétrica da declaração de rendimentos do gestor: Mexia assegurou uma remuneração de 800 mil euros por ano durante três anos (2021, 2022 e 2023).
"Como contrapartida da obrigação de não concorrência, a EDP obrigou-se a pagar ao Dr. António Luís Guerra Nunes Mexia, durante um período de três anos, o montante de 800.000 euros e a manutenção, durante igual período, do pagamento de prémios de seguro de saúde e de seguro de vida, assim como do Seguro de Vida PPR, cujo montante líquido representa 10% da remuneração fixa anual", refere a EDP no seu relatório anual de governo de sociedade relativo a 2020.
Em 2020 Mexia auferiu um total, em termos brutos, de 2,37 milhões de euros, dos quais 970 mil euros fixos e o restante de remuneração variável (pelo desempenho em 2019 e como pagamento diferido relativo ao ano 2017).
O ex-administrador João Manso Neto, igualmente suspenso de funções por decisão judicial, também assegurou um acordo de não concorrência mas de valor inferior.
Manso Neto terá direito, durante três anos, a uma remuneração de 560 mil euros por ano, com as restantes regalias também conferidas a António Mexia. Em 2020 Manso Neto foi o segundo gestor mais bem pago da EDP, com uma remuneração bruta total (incluindo parte fixa e variável) de 1,65 milhões de euros.
"Os acordos de cessação de funções e de não concorrência celebrados foram objecto de aprovação pela Comissão de Vencimentos do Conselho Geral e de Supervisão", informa a EDP.
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