A EDP vai pedir aos seus atuais acionistas, na assembleia geral a realizar a 14 de abril, que aprovem uma alteração aos estatutos da empresa de forma a que o grupo possa realizar novos aumentos de capital na modalidade "accelerated bookbuilding", isto é, colocações rápidas de novas ações no mercado.
Este tipo de operação, no qual é possível captar novos acionistas em apenas um ou dois dias, em vez de seguir o caminho mais moroso dos convencionais aumentos de capital, foi a que foi seguida há dias quando a EDP Renováveis avançou com um aumento de capital de 1,5 mil milhões de euros.
Agora a EDP quer ter "luz verde" dos seus atuais acionistas para poder realizar aumentos de capital na "casa-mãe" na modalidade de colocação acelerada de novas ações junto de investidores institucionais.
Um dos pontos da assembleia geral de 14 de abril será a votação de alterações aos estatutos da EDP que vão suprimir o direito de preferência dos atuais acionistas no caso de a empresa avançar com um aumento de capital na modalidade "accelerated bookbuilding".
A administração da EDP justifica esta proposta, que merece desde já o apoio dos dois maiores acionistas do grupo (a China Three Gorges, com 19%, e a espanhola Oppidum Capital, com 7,2%), com a necessidade de ter maior flexibilidade para aproveitar eventuais oportunidades de captar novos investidores institucionais para a EDP.
A proposta a votar na assembleia geral prevê também que eventuais aumentos de capital nessa modalidade acelerada não podem ser feitos com um desconto superior a 5% face ao preço médio das ações da EDP nos 10 dias anteriores ao lançamento da operação.
Em todo o caso, qualquer aumento de capital não pode ir além de 10% do número de ações atualmente existentes na EDP.
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