Economia

PSD recusa que Carlos Costa seja ouvido no inquérito ao Novo Banco por videoconferência

Carlos Costa foi governador do Banco de Portugal entre 2010 e 2020
Carlos Costa foi governador do Banco de Portugal entre 2010 e 2020

"Não prescindimos da audição presencial", responde o PSD ao pedido do ex-governador para que a sua inquirição fosse à distância devido à covid-19

PSD recusa que Carlos Costa seja ouvido no inquérito ao Novo Banco por videoconferência

Diogo Cavaleiro

Jornalista

O Partido Social Democrata rejeita a hipótese do ex-governador do Banco de Portugal Carlos Costa seja ouvido na comissão de inquérito ao Novo Banco à distância. O partido pretende adiar a audição para um momento mais calmo no contexto da pandemia de covid-19.

“Não prescindimos que seja presencial. Que seja, então, adiada para um momento posterior”, interveio o deputado social-democrata Duarte Pacheco na audição parlamentar desta quarta-feira, 10 de março, reagindo ao pedido de Carlos Costa feito na semana passada.

O antigo líder do supervisor solicitou que a sua audição fosse por videoconferência devido à pandemia e covid-19, já que está num grupo de risco por ter 71 anos. Carlos Costa saiu do Banco de Portugal em julho do ano passado, dando lugar a Mário Centeno, sendo a primeira vez que é chamado ao Parlamento sem estar no cargo de governador.

Duarte Pacheco compreende a solicitação, mas prefere adiá-la em vez de fazer por videoconferência. “Não prescindimos da audição presencial”, disse, lembrando que o nome do antigo governador foi elencado para as audições iniciais, já que a primeira inquirição é a João Costa Pinto, o autor do relatório que critica o acompanhamento que o Banco de Portugal deu ao BES. Carlos Costa deveria ser chamado a 16 de março.

Não houve ainda votação desta posição do PSD, e, na audição parlamentar desta quarta-feira, não houve discussão entre os partidos, pelo que será feita posteriormente.

A comissão de inquérito às perdas do Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução pretende olhar para os factos em torno da constituição deste banco, em 2014, até à atualidade, passando pelo momento da venda, em 2017. Foi com Carlos Costa enquanto governador que se deu a resolução do BES e a sua transformação em Novo Banco (a seguir ao qual o PSD deu o apoio à sua recondução), e foi também com ele que o banco foi vendido à Lone Star.

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