Diogo Lacerda Machado foi quem negociou o regresso do controlo da TAP ao Estado, em 2016, e esteve para ser presidente do conselho de administração, mas acabou por ser apenas administrador. Pediu, sabe o Expresso, no início da semana para deixar o conselho de administração da companhia aérea, cujo mandato terminou no final do ano.
Saem também da administração Esmeralda Dourado e Trey Urbahn, que tinha vindo para a companhia com David Neeleman.
Apesar do mandato do conselho de administração já ter terminado, ainda não foram nomeados novos administradores, e era esperado que os atuais administradores permanecem-se até à Assembleia Geral, ainda por marcar. Todos eles renunciaram ao mandato. O que acaba por ser uma saída antecipada.
A administração da TAP tem vindo a perder administradores, em janeiro Ana Pinho Macedo Silva tinha saído pelo seu próprio pé. Com estas saídas, restam no Conselho de administração apenas três pessoas da composição original: Miguel Frasquilho (presidente), Bernardo Trindade e António Gomes Menezes.
Muitas vezes apontado como "amigo" do primeiro-ministro, Diogo Lacerda Machado foi uma voz relevante na TAP desde meados de 2017. Muitas decisões passaram por ele, e nem sempre Lacerda Machado concordou com as opções tomadas pelo Governo, nomeadamente por Pedro Nuno Santos.
O gestor foi uma figura chave na aproximação à Lufthansa, quando antes da pandemia, e ainda com David Neeleman como acionista, a companhia alemã manifestou interesse por adquirir uma participação na TAP.
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