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Apoios às empresas em Portugal e na Europa garantem liquidez, mas não evitam insolvências, diz o FMI

Apoios às empresas em Portugal e na Europa garantem liquidez, mas não evitam insolvências, diz o FMI
RAFAEL MARCHANTE/REUTERS

Políticas públicas para combater impacto da crise associada à pandemia de covid-19 podem ter salvo 15% do emprego e um quarto do valor acrescentado do sector empresarial na Europa. Mas, a sua capacidade para limitar o aumento dos riscos de insolvência e aliviar a pressão sobre as pequenas e médias empresas é mais limitada, alerta um estudo do Fundo Monetário Internacional que estima que, em Portugal, a percentagem de firmas insolventes suba perto de 10 pontos percentuais face ao pré-crise, aproximando-se de 25%

"As empresas europeias estão a enfrentar um choque sem precedentes devido à pandemia de covid-19 e a resposta das políticas tem sido igualmente extraordinária". É este o quadro da situação para o sector empresarial no Velho Continente, traçado pelo estudo "Corporate Liquidity and Solvency in Europe during Covid-19: The Role of Policies", da autoria de Christian Ebeke, Nemanja Jovanovic, Laura Valderrama e Jing Zhou, publicado esta terça-feira pelo Fundo Monetário Internacional. O documento conclui que, se implementadas como desenhadas, as políticas públicas de apoio às empresas reduzem de forma significativa o défice de liquidez nas empresas e ajudam a mitigar as perdas de emprego e na riqueza criada. Contudo, a capacidade das medidas "para limitar a subida dos riscos de insolvência e aliviar a pressão sobre as pequenas e médias empresas (PME) parece ser mais limitada", escrevem os autores. E os dados para Portugal apontam no mesmo sentido.

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