Economia

Xi Jinping em Davos: "nova Guerra Fria só vai levar o mundo até ao confronto"

Xi Jinping em Davos: "nova Guerra Fria só vai levar o mundo até ao confronto"
Kevin Frayer / Getty Images

O presidente chinês reafirmou esta segunda-feira no início da cimeira anual do World Economic Forum, em Davos, que a via das consultas é a adequada para resolver os diferendos mundiais. Macron, Merkel, Ursula von der Leyen, Narandra Modi, Guterres e Lagarde também estarão virtualmente presentes

“Construir pequenos círculos ou iniciar uma nova Guerra Fria, rejeitar, ameaçar ou intimidar os outros, impor deliberadamente dissociação, interrupção do fornecimento ou sanções e criar isolamento ou afastamento só vai levar o mundo à divisão e até ao confronto”, disse esta segunda-feira Xi Jinping, o presidente chinês, na sua intervenção na cimeira do World Economic Forum, que, este ano, se inicia virtualmente em Davos.

O presidente chinês foi o primeiro líder mundial a marcar o tom, na cimeira anual de Davos deste ano, que contará, também, com a presença virtual da presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen, do presidente francês Emmanuel Macron, da Chanceler Angela Merkel, do presidente indiano Narendra Modi, do primeiro-ministro japonês Suga, do presidente Moon Jae-in da Coreia do Sul, e ainda de Christine Lagarde (presidente do Banco Central Europeu) e de Kristalina Georgieva (do Fundo Monetário Internacional, que, esta semana, divulga as novas previsões económicas). Estão, ainda, agendadas intervenções dos primeiro-ministros de Itália, Israel e Singapura e do presidente da Argentina.

Jinping apresenta-se em Davos com uma acusação de genocídio dos uigures lançada pela cessante Administração norte-americana Trump, mas com o palmarés de ser a única grande economia que conseguiu registar crescimento em 2020, salvando, deste modo, a economia mundial de uma recessão mais profunda.

O presidente chinês, na sua intervenção, afirmou ainda que as consultas entre países para a resolução de diferendos devem ser a norma e que "os preconceitos ideológicos devem ser abandonados". Apelou a que o desafio da pandemia seja enfrentado em cooperação e através da Organização Mundial de Saúde. Admitiu que a Organização Mundial do Comércio necessita de reformas.

Não está prevista a presença de nenhum membro da nova Administração Biden. Entretanto, as operações da marinha dos EUA no Mar do Sul da China prosseguem e o novo secretário da Defesa, o general Lloyd Austin, apelou a que os aliados dos Estados Unidos na região do Índico e do Pacífico "estreitem os laços".

A cimeira anual do World Economic Forum, este ano, iniciou-se esta segunda-feira em Davos e decorre virtualmente ao longo da semana, mas tem prevista uma reunião presencial em Singapura de 13 a 16 de maio.

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