A economia mundial deverá cair entre 4 e 5% no ano que findou, mas os mercados de ações valorizaram-se 14%, apesar de cinco meses no vermelho. Duas cotadas da saúde e outras duas de carregadores para veículos elétricos lideram subidas, com mais de 1000% em ganhos. Índice bolsista europeu sobe 5,8%. PSI 20 em Lisboa cai 6%, mas houve pior
Jornalista
O paradoxo voltou a repetir-se. A economia mundial deverá ter caído 4 a 5% em 2020, registando a terceira maior crise económica desde há 120 anos, mas as bolsas de ações registaram ganhos anuais de 14%, com o mês de novembro a bater recordes do ano (subida de 12%), segundo o índice global MSCI. A valorização bolsista anual foi de mais de 13 biliões de dólares (€11 biliões).
A economia real levou uma tareia, mas o mercado de ações esteve exultante, nomeadamente em abril e novembro, apesar de um primeiro trimestre completamente no vermelho e de uma recaída em setembro e outubro.
A capitalização bolsista mundial ultrapassou, finalmente, os 100 biliões de dólares (€87 biliões) no final do ano, quase 130% do PIB mundial, com base numa estimativa a partir dos dados disponíveis na World Federation of Exchanges. Um recorde. Mas os ganhos de 2020 ficaram muito aquém da valorização de 24% no ano anterior.
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