Centros de emprego registaram em novembro 398.287 desempregados inscritos, uma redução de 1,3% face ao mês anterior. É o segundo mês consecutivo em que o desemprego registado dá sinais de recuo
Jornalista
Novembro foi o segundo mês consecutivo da era Covid em que o número de desempregados inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) caiu. Em outubro o desemprego registado já tinha traçado uma trajetória descendente, com uma redução em cadeia de 1,6%, em novembro voltou a descer. Os dados divulgados esta quinta-feira pelo IEFP contabilizam um total de 398.287 desempregados registados nos centros de emprego nacionais, menos 1,3% do que em outubro. Apesar disso, em termos homólogos, ou seja, tendo como referência o mesmo mês de 2019, os números sinalizam um aumento de mais de 30% no desemprego registado.
Na nota que acompanha os indicadores do desemprego registado em novembro, o IEFP faz saber que "no fim do mês de novembro de 2020 estavam registados, nos Serviços de Emprego do Continente e Regiões Autónomas, 398.287 indivíduos desempregados, número que representa 69,6% de um total de 571.866 pedidos de emprego". O organismo público de emprego realça ainda que "o total de desempregados registados no país foi superior ao verificado no mesmo mês de 2019 (+92.326; +30,2%) e inferior face ao mês anterior (-5.267; -1,3%)", altura em que os centros de emprego contabilizavam mais de 403 mil desempregados inscritos.
No saldo entre indívíduos que deixam de integrar as estatísticas do desemprego registado e os que passaram a fazê-lo, o IEFP contabilizou, ao longo do mês de novembro, 51.965 novas inscrições de desempregados nos centros de emprego nacionais. O número traduz um aumento homólogo de 2%, mais 1.010 novos inscritos do que em 2019, e uma redução de 5,9% (-3.281) em cadeia, isto é, face a outubro deste ano. No entanto, no último mês as colocações realizadas pelos centros de emprego diminuiram quer em cadeia (-8,6%) quer face ao mês homólogo (-0,9%). Encontraram colocação através dos centros de emprego nacionais 6.373 desempregados ao longo do mês de novembro.
"Para o aumento do desemprego registado, face ao período homólogo de 2019, variação absoluta, contribuíram todos os grupos do ficheiro de desempregados, com destaque para as mulheres, adultos com idade igual ou superior a 25 anos, os inscritos há menos de um ano, os que procuravam novo emprego e os que possuem como habilitação escolar o secundário", lê-se na síntese estatística divulgada pelo IEFP esta quinta-feira.
A nível regional, os Açores continuam a destacar-se como a única região do país onde o desemprego desce (0,5%) em termos homólogos. Em sentido oposto destaca-se o Algarve, com um aumento de 67,6% do desemprego registado face a novembro de 2019. Na variação em cadeia, a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista uma maior redução do desemprego face ao mês anterior, com um recuo de 4,3% no número de desempregados inscritos face ao mês anterior. Norte e Centro seguem-se na lista com uma diminuição do número de desempregados de 2,4% e 2,1%, respetivamente. Algarve regista um aumento do número de desempregados inscritos de 20,7% face a outubro.
Numa nota enviada às redações, o Ministério do Trabalho sinaliza que em novembro a relação entre desempregados abrangidos por medidas ativas e desempregados registados subiu para 25,6%, alavancada maioritariamente pelo aumento da atividade formativa.
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