A Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) reviu esta quarta-feira em alta as previsões para a economia norte-americana, prevendo, agora, uma recessão menos severa em 2020 em virtude da pandemia.
Segundo as previsões dos participantes na reunião de política monetária do banco central, que se realizou terça e quarta-feira, o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cairá 2,4% este ano, menos do que uma quebra de 3,7% avançada em setembro.
A aceleração da economia no próximo ano será maior do que o previsto em setembro. O PIB deverá crescer 4,2% em 2021, em vez de 4%. A recuperação em V será mais rápida.
A diferença com a Zona Euro acentua-se. Segundo as mais recentes previsões do Banco Central Europeu, a economia do euro vai colapsar 7,3% em 2020 e só vai conseguir sair do ciclo de crise no final de 2022.
A evolução da inflação é, também, muito distinta nos dois lados do Atlântico Norte. As previsões da Fed apontam para uma subida da inflação de 1,2% em 2020 para 1,8% no ano seguinte atingindo o objetivo de 2% em 2023. No caso da zona euro, a inflação ficará perto de 0% e em 2023 ainda só terá subido até 1,4%.
Apesar das previsões mais otimistas, a Fed decidiu manter o quadro de política monetária expansionista sem alterações. Sublinhando, no entanto, que essa política de estímulos se manterá "até que sejam conseguidos progressos substanciais" em relação aos objetivos da política monetária (inflação em 2% e pleno emprego).
Esta foi a primeira reunião de política monetária depois das eleições presidenciais e num quadro em que a vaga da pandemia se cruza com o início da vacinação nos EUA.
Jerome Powell, o presidente da Fed, iniciará pelas 19h30 (hora de Portugal) uma conferência de imprensa, num contexto em que irá colaborar a partir de 20 de janeiro com a sua antecessora Janet Yellen como Secretária do Tesouro da Administração Biden.
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