Zona euro mantém-se em deflação em novembro
O índice de preços no consumidor da zona euro caiu 0,3% em novembro, a mesma queda que já registara em setembro e outubro, segundo a estimativa rápida avançada esta terça-feira pelo Eurostat
O índice de preços no consumidor da zona euro caiu 0,3% em novembro, a mesma queda que já registara em setembro e outubro, segundo a estimativa rápida avançada esta terça-feira pelo Eurostat
Jornalista
O contexto de deflação mantém-se na zona euro, com a queda do índice de preços no consumidor a manter-se em 0,3% em novembro, segundo a estimativa rápida avançada esta terça-feira pelo Eurostat.
Segundo o organismo de estatísticas da União Europeia, a inflação na zona euro mantém-se em terreno negativo, situação que se arrasta desde agosto.
A inflação negativa estabilizou em -0,3%, valor idêntico aos registados em setembro e outubro. O risco da queda de preços se agravar em novembro para uma taxa negativa ainda maior não se concretizou.
São 12 as economias do euro que registam em novembro taxas de inflação negativas, com destaque para a Grécia, que lidera com uma quebra de 2%, segundo o índice harmonizado avançado esta terça-feira pelo Eurostat.
A inflação negativa em Portugal em novembro situou-se em -0,4%, segundo o índice harmonizado europeu (e em -0,2% no Índice de Preços no Consumidor do Instituto Nacional de Estatística).
O principal factor da queda de preços na zona euro é a evolução dos preços da energia, que quebraram 8,4% em novembro.
Alguns analistas referem, no entanto, que há dois factores especiais que estão a pressionar negativamente - a redução do IVA na Alemanha em julho e a contenção na evolução dos salários devido à pandemia.
O contexto de inflação negativa na zona euro há quatro meses consecutivos é mais um elemento - a par do impacto negativo da segunda vaga da pandemia da covid 19 - a pressionar o Banco Central Europeu para um reforço do pacote de estímulos monetários, que os analistas esperam que se concretiza na reunião da próxima semana, a 10 de dezembro.
A inflação subjacente - descontando no índice as componentes mais voláteis ligadas à energia, alimentação, álcool e tabaco - mantém-se muito baixa em terreno positivo, em 0,2%, desde setembro, depois de um pico de 1,2% em julho.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt