Economia

Fundos europeus: Alemanha confiante em solução para veto da Hungria e Polónia

Fundos europeus: Alemanha confiante em solução para veto da Hungria e Polónia
FELIPE TRUEBA/EPA

Olaf Scholz, ministro das Finanças e vice-chanceler alemão, diz estar confiante de que será possível encontrar uma solução para o veto da Hungria e da Polónia aos orçamentos comunitários

"Fizemos muito progresso este ano, muitos compromissos foram possíveis que ninguém esperava há anos atrás. Penso que existe a possibilidade de, no final, ultrapassarmos as dificuldades que vemos hoje". As palavras de Olaf Scholz, ministro das Finanças e vice-chanceler alemão, esta terça-feira, durante o webinar organizado pela Global Counsel, fundada pelo antigo comissário Europeu Peter Mandelson, tinham como mote o veto da Hungria e da Polónia aos orçamentos comunitários. O ministro alemão diz-se confiante de que será possível encontrar uma solução.

O Mecanismo de Recuperação e Resiliência, que equivale a cerca de 90% do Fundo de Recuperação para a crise da covid-19, tem a aprovação bloqueada, juntamente com o orçamento comunitário para 2021-2027, devido ao veto da Hungria e da Polónia por se oporem a condicionar o acesso a verbas comunitárias ao respeito pelo Estado de Direito.

Em meados deste mês, a Hungria, apoiada pela Polónia, concretizou a ameaça de bloquear todo o processo de relançamento da economia europeia - assente num orçamento para 2021-2027 de 1,08 biliões de euros, associado a um Fundo de Recuperação de 750 mil milhões - , por discordar dessa condicionalidade no acesso aos fundos europeus.

A Alemanha detém a presidência rotativa da UE até ao final de dezembro e está a mediar o conflito para encontrar uma solução, mas Scholz recusou que consista em remover a referência ao Estado de Direito. "A questão é se conseguimos encontrar um caminho que nos permita continuar na direção em que estamos hoje. Como sempre, na UE há conflito mas existe a possibilidade de uma solução. Vamos ter de fazer ambos para dar uma resposta contra a crise. É difícil, mas não é irresolúvel", garantiu Scholz.

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