O Banco Privado Português (BPP) alega ter novas provas sobre como é que 11,6 milhões de euros do banco, em situação atual de liquidação, foram parar às contas pessoais dos antigos administradores, João Rendeiro, Salvador Fezas Vital, António Guichard Alves e Fernando Lima, que estão agora a ser julgados pelos crimes de fraude fiscal qualificada, abuso de confiança e branqueamento de capitais.
Segundo o "Público", o coletivo de juizes irá decidir se aceita, ou não, juntar os 75 documentos ao processo. Para o Ministério Público, as provas devem fazer parte do processo, uma vez que não conferem uma alteração consubstancial aos factos, nem resultam em mais crimes para os arguidos.
Um dos pontos da acusação é que os quatro arguidos obtiveram um ganho de 11,6 milhões de euros que eram do BPP, não se sabendo, no entanto, como foi feita a apropriação indevida do valor.
O BPP fez uma análise ao seu sistema informático e diz ter verificado que em 2008 foram inseridos dados referentes a 2002 e 2005. Os dados referem-se à participação da sociedade Telesis no negócio da compra de ações da Strand Ventures em 2002 e à sua revenda a outra empresa em 2005.
Do lado dos arguidos, a defesa refere ao "Público" que as provas são ilegais: "Tendo os documentos à sua disposição durante os 8 anos (oito!) em que o inquérito correu, podia o assistente tê-los disponibilizado ao Ministério Público ou solicitado ao Ministério Público que os recolhesse e examinasse, por si ou através de peritos".
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