A maioria das pessoas nunca precisará de saber o que é um brainshift, mas para os neurocirurgiões é um tema recorrente, sempre que têm de fazer uma craniotomia, para a extração de um tumor cerebral. Tudo começa com uma ressonância magnética que permite mapear tecidos doentes e saudáveis. Depois retira-se o osso e a película que envolve o cérebro, e aí é expelido o líquido cefalorraquidiano – e dá-se o brainshift com uma alteração da posição do cérebro. Resultado: a posição registada pela ressonância magnética já não corresponde à posição após brainshift. O que pode inviabilizar uma cirurgia. E é nesse cenário menos auspicioso que Inês Machado, professora no King’s College, de Londres, desenvolveu uns quantos algoritmos que, além de um prémio da Fraunhofer Portugal, prometem salvar vidas no mundo inteiro.
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