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Economia

Há 730 mil casas vazias e abandonadas em Portugal

No Porto e em Lisboa é onde existe maior número de casas vazias, fenómeno que atinge todas as capitais de distrito
No Porto e em Lisboa é onde existe maior número de casas vazias, fenómeno que atinge todas as capitais de distrito
Rui Duarte silva

Portugal conta com 14% de casas vazias, sem ocupação, sem locatários e sem função, quando regista carências habitacionais que já ultrapassam as 30 mil famílias. Reabilitação, posse administrativa ou mesmo a expropriação poderão ser soluções a explorar

Amadeu Araújo

Vazias, desocupadas, sem moradores. Novas, degradadas, devolutas. São 730 mil habitações num número inventariado pela Federação Europeia das Organizações Nacionais que Trabalham com Sem-Abrigo (Feantsa), confirmado por dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e avalizado por investigadores e ativistas da habitação.

No “Questionário sobre habitação social”, a OCDE afirma que existem 14% de moradias vagas em Portugal, sem utilização, com ligeira diferença nas áreas urbanas, face às rurais. Cruzada a informação com os números da Pordata, que apontam para a existência de 3.991.112 habitações no país, os números ganham mais realismo, sendo que Portugal é dos países da OCDE com maior número de casas por mil habitantes, 580. Para Luís Mendes, investigador do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa, existem entre 730 e 750 mil casas vazias. “É difícil ter uma estimativa categórica, mas é um número que tem aumentado nas últimas décadas, devido a um mercado muito vocacionado para a construção nova que acarreta um acréscimo de alojamentos vagos, casas de segunda residência ou desocupadas”, afirma.

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