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Governo negoceia produção de vacina da covid-19 em Portugal

O Governo e as empresas dizem que há condições para potenciar as exportações do sector da saúde
O Governo e as empresas dizem que há condições para potenciar as exportações do sector da saúde
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Diplomacia portuguesa, com a ajuda dos ministérios da Saúde e da Economia, está a promover as competências da indústria farmacêutica lusa junto das multinacionais que estão na corrida à vacina para prevenir a infeção pelo novo coronavírus. O objetivo é colocar o país a contribuir para o esforço global de fabrico, em massa, das doses necessárias para a população

Portugal está a posicionar-se junto das multinacionais envolvidas na ‘corrida’ à vacina para combater o SARS-CoV-2, enquanto parceiro indispensável no fabrico das novas terapias, revela ao Expresso o secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias. “Desde março que, em articulação interministerial — Negócios Estrangeiros, Saúde e Economia e Transição Digital —, fazemos a divulgação das competências nacionais no sector da saúde para atrair mais investimento direto estrangeiro (IDE) e estimular as exportações”, indica o governante.

Nesta altura, já há laboratórios mundiais na fase de testes em seres humanos e, “em breve, surgirá o início da produção [de vacinas] em massa”. Porém, “a procura global ultrapassará em larga medida a capacidade de produção instalada, sendo provável o recurso à subcontratação, junto de outras empresas, de parte do processo de fabrico ou da sua totalidade”. Assim, a Autoridade do Medicamento e de Produtos de Saúde e também a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, encontram-se empenhadas na identificação dos recursos internos existentes para definir a oferta de valor do nosso sector farmacêutico para “o esforço mundial que se avizinha”. Ao mesmo tempo, a rede diplomática nacional faz um levantamento das companhias estrangeiras e dos respetivos planos e calendários de produção “para uma abordagem comercial”.

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