OE 2021: recebimentos da União Europeia impulsionam receita do próximo ano
Desta vez não são os impostos nem as contribuições sociais que mais puxam pelas receitas públicas
Desta vez não são os impostos nem as contribuições sociais que mais puxam pelas receitas públicas
Joana Nunes Mateus
A proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2021 prevê um aumento das receitas de capital de 120,5% contra 6,9% nas receitas correntes.
As receitas de capital deverão crescer de €1.183 milhões (0,6% do PIB) em 2020 para €2.608 milhões (1,2% do PIB) em 2021.
Para este aumento de 120,5% contribuirá os recebimentos de fundos europeus associados ao Fundo de Recuperação e Resiliência, mas sobretudo o reembolso das chamadas “pre-paid margins” do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) no montante de €1.088 milhões de euros.
Em causa estão verbas relativas aos empréstimos contraídos junto do Fundo Europeu de Estabilização Financeira em 2011 e que serão agora devolvidas na maturidade do empréstimo. Recorde-se que, em 2016, já foram recebidos montantes relativos ao primeiro empréstimo.
A segunda rubrica da receita que mais cresce em 2021 não é a fiscal (7,1%) nem a contributiva (3,9%) nem as vendas dos organismos públicos (5%) mas a chamada “outra receita corrente” (22,3%).
Esta deverá crescer de €4.881 milhões (2,5% do PIB) em 2020 para €5.970 milhões (2,8% do PIB em 2021 devido aos apoios relacionados com os fundos europeus de suporte ao emprego.
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