Depois da quebra a pique no sector do turismo em 2020, devido à pandemia de covid-19, a proposta de Orçamento de Estado entregue na quinta-feira no Parlamento, assume 2021 como um ano "essencial" na recuperação da trajetória de crescimento do sector.
" A reestruturação das empresas e o reforço da qualificação dos seus trabalhadores é hoje, mais do que nunca, uma prioridade, por forma a responder aos desafios da nova procura. De facto, 2021 será um ano de reforço na resposta às necessidades dos recursos humanos do setor, incluindo-se quer os trabalhadores quer os empresários numa formação que se pretende focada nos desafios do futuro, mas sobretudo centrada nos fatores que acrescentam competitividade ao setor e ao País (digital, sustentabilidade, inovação)", diz o documento.
Assim, o objetivo "é retomar o caminho definido na Estratégia de Turismo 2027, prosseguindo com segurança as metas traçadas e reafirmando os eixos definidos, com especial enfoque na sustentabilidade do setor, do território e do planeta, focado nas necessidades das Pessoas (os turistas, os trabalhadores do setor e os residentes no território) e reforçando o papel de Portugal na liderança do turismo do futuro".
As prioridades para a retoma do turismo que terão de ser consolidadas no próximo ano, passam pela criação de redes e conectividade, nomeadamente através da retoma de rotas aéreas, com o reforço financeiro para o lançamento ou desenvolvimento de campanhas que divulguem a oferta turística nacional nos diversos mercados emissores e permitam dispersar a procura ao longo do ano, estimulando a mobilidade no território. Mas passam, também, pela inovação, adaptando o sector às novas tendências de procura e à diversidade de mercados.
Assim, o Ministério da Economia promete estimular "a capacitação e promoção de Portugal como destino turístico sustentável e inteligente, em que se destacam a gestão de fluxos, a mobilidade e a desconcentração da procura ao longo do País e ao longo do ano".
Através do Programa Valorizar, promete, ainda, continuar a apoiar a oferta, tem especial atenção e aos projetos nos territórios de baixa densidade e/ou delineados segundo estratégias de eficiência coletiva.
A valorização da oferta será. ainda,reforçada, "potenciando os ativos e o património existente, com os programas Revive Património e Revive Natura, para acolher e reintegrar imóveis públicos devolutos, e o programa Dinamizar Fortalezas".
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