A Comissão de Defesa do Parlamento Britânico acusa a Huawei de conspiração com as autoridades chinesas e diz mesmo ter provas dessa colaboração à revelia dos países ocidentais. O grupo de parlamentares britânicos reiterou ainda a necessidade de impedir o uso de equipamentos da Huawei das redes locais, mas não fornece detalhes relacionados com as alegadas provas de conluio entre a marca chinesa e as autoridades de Pequim.
Além do ponto de vista da segurança, os parlamentares britânicos aludem à importância estratégica que as tecnologias podem ter na economia dos diferentes países. “Para o bem do nosso desenvolvimento tecnológico, não podemos desistir da nossa segurança nacional”, defende Tobias Ellwood, presidente da Comissão de Defesa do parlamento do Reino Unido, citado pela Reuters.
A Huawei não demorou a responder à posição dos parlamentares britânicos, que alega ter sido “construída sobre opiniões, em vez de factos”. “Temos a certeza de que as pessoas vão perceber que estas acusações não têm sentido, e vão lembrar-se daquilo que a Huawei deu ao Reino Unido nos últimos 20 anos”, reagiu oficialmente a marca chinesa.
À posição assumida pelo parlamento do Reino Unido, junta-se outra notícia negativa para a Huawei: na Bélgica, as operadoras Proximus e a Orange anunciaram que não vão usar equipamentos da Huawei nas redes móveis de quinta geração (5G). O que leva a crer que a pressão exercida pelos EUA contra a marca chinesa já começou a produzir efeitos práticos. Tanto a Orange como a Proximus tinham a totalidade dos componentes de rádio das redes móveis suportadas por tecnologias da Huawei.
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