Economia

Prisa diz que os novos acionistas da Media Capital não terão “influência dominante”

Prisa diz que os novos acionistas da Media Capital não terão “influência dominante”
José Oliveira

Grupo espanhol afasta cenário de concertação entre os acionistas a quem vendeu a sua participação na dona da TVI

Prisa diz que os novos acionistas da Media Capital não terão “influência dominante”

Pedro Lima

Editor-adjunto de Economia

O grupo espanhol Prisa fez saber que não considera que tenha havido alteração de domínio da Media Capital com a sua decisão de vender a um conjunto de investidores a sua participação de 64,47% do capital da proprietária da TVI.

Esta sexta-feira a Prisa fez saber que chegou a acordo para vender a sua participação, por 36,85 milhões de euros, a uma série de investidores portugueses. Mas não indicou quais. Entre eles, sabe o Expresso, destacam-se a família Gaspar, dona do grupo Lusiaves, a família Serrenho, dona das Tintas CIN, e o empresário Luís Guimarães, dono do grupo têxtil Polipiqué. Cristina Ferreira, atual diretora de entretenimento e de ficção da TVI e os músicos Tony Carreira e Pedro Abrunhosa também figuram entre os novos acionistas.

De acordo com um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a Media Capital diz que “foi informada pela Prisa de que a referida promessa de venda foi por si executada através da celebração de vários contratos-promessa de alienação com diversos investidores, realizadas separadamente com cada um deles, sem que, do seu conhecimento, exista qualquer acordo parassocial entre os adquirentes, tratando-se, pois, de dispersão de 64,47% do capital social da Media Capital pelo mercado”.

A Media Capital diz também que “foi informada pela sua acionista dominante que tal dispersão das ações da sociedade junto dos novos investidores não resultará num novo domínio sobre a Media Capital por parte destes novos investidores, na medida em que, tanto quanto é do seu conhecimento, não existirá nova influência dominante em substituição do domínio da Prisa”.

E que “a venda de ações assim levada a cabo e, consequentemente, os contratos-promessa com os diversos investidores agora celebrados, não alteram a participação detida pela Pluris Investments, S.A. [empresa de Mário Ferreira] na Media Capital (30,22%) não existindo, portanto, no entendimento da Prisa, qualquer influência dominante em substituição do controlo da Prisa”.

No mesmo comunicado refere-se que a Prisa fez saber que as operações de venda, e os respetivos contornos legais e operacionais, se suportam na auscultação feita a eminentes juristas, com destaque para um parecer elaborado a pedido da Prisa pelo Professor Doutor Paulo Mota Pinto, dando conforto legal, no entendimento da Prisa, à execução da operação, no contexto do quadro legal e regulatório que se lhe aplica, cumprindo assim as obrigações regulatórias e legais que se lhe aplicam”.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: PLima@expresso.impresa.pt

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