Elton D´Souza, antigo diretor da área de receitas da TAP, quase não aqueceu a cadeira na NetJets. Um ano depois de ter assumido a liderança da NetJet Europa, empresa de jatos privados cuja sede é em Paço de Arcos, Nelson D´Souza foi afastado do cargo.
O comunicado da NetJets sobre a saída de Elton D´Souza, a que o Expresso teve acesso, não avança a razão que justifica o afastamento, mas é feito num tom hostil, dando a entender que o gestor não é bem-vindo na companhia, e que a sua gestão teve falhas de transparência.
"Elton D´Souza está de saída como presidente da NetJets Europe, e nunca mais voltará a entrar na companhia", explica Adam Johnson, presidente do conselho de administração e presidente da NetJets mundial, numa nota onde comunica a demissão do gestor, e adianta que ele irá ser substituído pelo diretor executivo da companhia, Christian Luwisch.
Adam Johnson sublinha que a saída de Elton D´Souza é uma "oportunidade para aportar maior colaboração, transparência e alinhamento na relação entre a NetJets EUA e Europa". O presidente da NetJets frisa ainda que é também uma oportunidade para construir uma "cultura sustentável de confiança, prestação de contas, e respeito" como fica determinado no plano de voos 20/20.
Elton d´Souza foi um dos gestores trazidos para a TAP por David Neeleman, quando o investidor norte-americano se tornou acionista da transportadora portuguesa, de cuja capital está de saída.
O gestor esteve na TAP durante três anos e sete meses, e quando deixou a empresa era o líder da área de receitas.
Ficou conhecido por ter sido um dos dois prémios de desempenho mais altos atribuídos pela TAP em 2019, relativos aos exercício de 2018, um ano de prejuízos, uma decisão que mereceu a crítica aberta do ministro das Infraestruturas. Elton D´Souza tinha recebido de prémio 110 mil euros.
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