
A expulsão do Fortnite das duas maiores lojas de apps elevou o diferendo sobre repartição dos ganhos
A expulsão do Fortnite das duas maiores lojas de apps elevou o diferendo sobre repartição dos ganhos
Nas lojas de apps chegou a hora da verdade: será que Apple e Google estão dispostas a abdicar de parte da fatia de 30% que cobram aos produtores pelas vendas efetuadas dentro das várias apps? A Epic, produtora de vários videojogos, deu o mote para a insurreição com o início da distribuição do jogo Fortnite numa loja própria, com preços mais baixos que os praticados nas versões distribuídas pelas App Store e Google Play. Pode ter sido apenas o primeiro sinal de uma luta que promete abalar o comércio de software na internet. Microsoft e Google já desencadearam um inquérito na Comissão Europeia, depois de apresentarem queixa contra a App Store. O tema também começou a ser analisado no Congresso os EUA, durante uma audiência às maiores tecnológicas.
A repartição de receitas é o principal tema de discórdia, mas não é o único que tem levado produtores de apps de todo o mundo a questionar se há ou não abuso de poder num segmento que em 2019 terá movimentado mais de €389 mil milhões. Os ecos do descontentamento também já chegaram a Portugal. “É impossível fazer negócio sem estar nestas duas lojas. Recentemente entrámos na Huawei Store, mas não tem o mesmo número de utilizadores da loja da Google”, refere Paulo Pimenta, gestor do comparador de preços KuantoKusta.
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