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A revolta contra os senhores das apps está prestes a começar

Fortnite
Fortnite

A disputa começou ao som de rajadas e petardos no jogo Fortnite e alastrou a muitos outros produtores de aplicações que não querem partilhar 30% das vendas com a Apple e a Google nem aceitam os requisitos técnicos, comerciais ou estéticos exigidos por estas empresas para poderem estar nas suas lojas de apps, as maiores do mundo. Em Portugal, há quem não se conforme, mas também há quem diga que são as regras de um negócio que só naquelas duas lojas já movimenta quase 70 mil milhões de euros. Bruxelas e Washington têm agora a última palavra quanto ao poder dos novos senhores das apps

A notificação da App Store apanhou de surpresa os gestores da KuantoKusta em junho de 2019: chumbava a app especializada na comparação de preços de produtos, por ter violado a regra que impede a distribuição de aplicações que promovam concorrentes da Apple. O misterioso chumbo demorou semanas a ser deslindado. E de nada adiantava pedir pormenores, pois a Apple limitava-se a remeter a questão para a regra de não promoção de rivais. Só depois de uma ou outra tentativa de reingresso na loja é que os programadores portugueses descobriram a causa do chumbo: numa página recôndita de um tutorial da app KuantoKusta surgia uma imagem de um dispositivo da Samsung. “Substituímos a imagem por uns airpods da Apple e a app foi logo aprovada”, explica Paulo Pimenta, responsável da KuantoKusta.

A história do comparador de preços teve um final feliz, mas muitos outros produtores não poderão dizer o mesmo quando tentam garantir a entrada nas maiores lojas de apps.

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