Economia

Covid-19. Máscaras significam 8 pontos percentuais nas exportações da indústria têxtil

Covid-19. Máscaras significam 8 pontos percentuais nas exportações da indústria têxtil
Rui Duarte Silva

O sector fez contas às vendas ao exterior e concluiu: sem máscaras nem equipamentos de proteção individual, a descida das exportações em junho teria sido de 22%

A partir de agora, a importância das máscaras e do vestuário de proteção nas exportações da indústria têxtil e de vestuário fica mais clara: só em junho as vendas dos novos produtos made in Portugal para responderem à covid-19 somaram 33 milhões de euros, diz a ATP - Associação Têxtil e Vestuário de Portugal.

A análise aos números do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostra que sem o contributo destes produtos, as exportações do sector em junho (355 milhões de euros) teriam caído 22%, mais 8 pontos percentuais do que a queda de 14% efetivamente registada.

No semestre, o acréscimo das máscaras e vestuário de proteção no prato das exportações do sector foi de 103 milhões de euros, o que permitiu que a descida das vendas ao exterior tivesse ficado limitada a 17% (2,2 mil milhões de euros). Sem este contributo, a queda teria sido de 22%, sublinha a ATP.

Para chegar a estas estimativas, a associação analisou os códigos de exportação das categorias de produtos onde as máscaras e o vestuário de proteção são incluídos e comparou a evolução face aos períodos homólogos, uma vez que nenhum destes artigos corresponde a categorias especiais, dedicadas apenas a eles, explicou a direção da ATP ao Expresso.

Na leitura dos dados relativos ao desempenho da fileira, a ATP refere que "a recuperação do sector está a ser lenta, com impactos diversos em termos de subsectores" e se as exportações caíram 14% em junho, houve segmentos com descidas superiores, como o vestuário de tecido (-37%), tecidos de lã (-50%) ou cobertores (-56%).

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mmcardoso@expresso.impresa.pt

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