Exclusivo

Economia

Paulo Pereira da Silva, presidente da Renova: “Ainda hoje recebo piadas sobre papel higiénico”

O presidente da Renova no seu escritório, na sede da empresa, em Zibreira, Torres Novas, onde pede a alguns dos seus visitantes que deixem uma mensagem no quadro a giz
O presidente da Renova no seu escritório, na sede da empresa, em Zibreira, Torres Novas, onde pede a alguns dos seus visitantes que deixem uma mensagem no quadro a giz

Desde reagir a uma inesperada corrida à compra de papel higiénico até alterar as rotinas de uma fábrica para evitar contaminações pelo novo coronavírus, a atual crise sanitária provocada pela pandemia de covid-19 foi um verdadeiro teste de stresse para a Renova. “Foi muito cansativo”, diz o seu presidente, Paulo Pereira da Silva, que, a brincar, já admitiu que o papel higiénico arrisca tornar-se o símbolo da pandemia.

A pandemia de covid-19 mudou muito as rotinas de trabalho na Renova?

Até agora não houve ninguém infetado na Renova, mas antes do recolhimento eu estive de quarentena, pois estive numa reunião com outros presidentes de empresas e um deles tinha a doença. De há dois meses para cá estou a vir todos os dias à Renova. Todas as pessoas que podiam estiveram a trabalhar em casa e aos poucos foram voltando. As que estão nas fábricas vieram todas trabalhar, até porque no início da pandemia houve aquela loucura toda pelo papel higiénico. Foi muito cansativo, foi preciso estar a tomar decisões constantemente, estávamos todos a aprender a trabalhar de maneira diferente. Ninguém sabia muito bem como proceder, se era para usar máscaras ou não, o que se devia desinfetar… A prioridade foi a proteção das pessoas, foi preciso que entrassem por um lado e saíssem por outro, os turnos estiveram desfasados, houve avisos, testes, desinfeções, materiais de proteção... Tivemos equipas de prevenção, umas ficavam 15 dias em casa e depois ficavam outras nos 15 dias a seguir, para o caso de haver alguém infetado numa dessas equipas. Nos escritórios há mais afastamento, há acrílicos, há menos gente na cantina. O trabalho na fábrica foi notável, as pessoas foram espetaculares.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: PLima@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate