Economia

Haitong Bank e escritório de advogados SRS vão assessorar privatização da Efacec

Haitong Bank e escritório de advogados SRS vão assessorar privatização da Efacec
José Carlos Carvalho

A privatização da Efacec, cuja data ainda não está marcada, mas deverá ocorrer ainda este ano, vai ter como assessor financeiro o chinês Haitong Bank e com assessor jurídico o escritório de advogados SRS, liderado por Pedro Rebelo de Sousa

Haitong Bank e escritório de advogados SRS vão assessorar privatização da Efacec

Anabela Campos

Jornalista

O Haitong Bank já tinha assessorado a venda da Efacec a Isabel dos Santos, agora vai assessorar a privatização da empresa, e precisamente a venda dos 71,3% da investidora angolana, soube o Expresso. Uma informação que foi também já avançada pelo Económico. O processo vai contar também com a assessoria do escritório de advogados SRS.

A privatização ainda não tem data marcada, mas deverá ocorrer ainda este ano, já que a nacionalização da participação de Isabel dos Santos na Efacec é para ser temporária, como esclareceu o ministro da Economia, Siza Vieira, quando fez o anúncio a 2 de julho. Há inclusive um processo de venda já em curso, e que estava a ser assessorado pela Storm Harbour, que não pode fazer a privatização por que não faz parte das empresas pré-qualificadas para participar na venda de empresas públicas.

O ministério das Finanças, questionado pelo Expresso, não confirma nem comenta a contratação do chinês Haitong Bank, antigo BES Investimento, nem da SRS.

A compra da participação de Isabel dos Santos na Efacec à José de Mello e à Textil Manuel Gonçalves, em 2015, foi assessorada pelo Haitong Bank, Caixa-BI e BCP:

A assessorar o Estado na Efacec está também a auditora E&Y, como noticiou o Expresso na passada terça-feira. Uma informação que as Finanças também não confirmam, nem comentam.

A E&Y é uma das auditoras que vai avaliar a Efacec, uma análise que servirá para definir o valor da eventual indemnização que o Estado irá pagar por ter nacionalizado parcialmente a empresa nortenha e que servirá também para o processo de venda.. A contratação vai ser feita pela Parpública.

Haverá também, de acordo com a lei das nacionalizações, uma segunda entidade independente a fazer a avaliação da Efacec, cujo nome o Expresso não conseguiu ainda apurar. Não foi possível confirmar se este papel poderá ser desempenhado pela Haitong ou se são processos distintos.

O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, esclareceu na conferência de imprensa onde comunicou que o Estado tinha nacionalizada os 71,3% da Efacec que será, em princípio, paga uma indemnização. Mas sublinhou que vai ter ainda de se definir quem será o titular da indemnização.

É que apesar de detidas pela Winterfell2, de Isabel dos Santos, as ações foram dadas em penhor (e não penhoradas) aos bancos credores. E arrestadas para garantir uma "eventual indemnização" de Isabel dos Santos às autoridades angolanas.

"O Governo pagará o valor que for determinado por esta avaliação no momento em que seja determinado quem é o credor desse valor", disse então Siza Vieira.

Nacionalizada parcialmente a 2 de julho, a Efacec continua à espera que o empréstimo de 50 milhões de euros garantido pelo Estado chegue às suas contas.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: ACampos@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate