A E&Y é, apurou o Expresso, uma das auditoras que vai avaliar a Efacec, uma análise que servirá para definir o valor da eventual indemnização que o Estado irá pagar por ter nacionalizado parcialmente a empresa nortenha. A contratação vai ser feita pela Parpública.
Haverá também, de acordo com a lei das nacionalizações, uma segunda entidade independente a fazer a avaliação da Efacec, cujo nome o Expresso não conseguiu ainda apurar.
O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, esclareceu na conferência de imprensa onde comunicou que o Estado tinha nacionalizada os 71,3% da Efacec que será, em princípio, paga uma indemnização. Mas sublinhou que vai de ainda de se definir quem será o titular da indemnização.
É que apesar de detidas pela Winterfell2, de Isabel dos Santos, as ações foram dadas em penhor (e não penhoradas) aos bancos credores. E arrestadas para garantir uma "eventual indemnização" de Isabel dos Santos às autoridades angolanas.
"O Governo pagará o valor que for determinado por esta avaliação no momento em que seja determinado quem é o credor desse valor", disse então Siza Vieira.
Entretanto, as contas de 2019 da Efacec foram aprovados na passada sexta-feira em conselho de administração, mas ainda não foram divulgadas. Primeiro, explicou fonte oficial, terão de ser aprovadas em Assembleia Geral, numa reunião que ainda não foi marcada.
Nacionalizada parcialmente a 2 de julho, a Efacec continua à espera que o empréstimo de 50 milhões de euros garantido pelo Estado chegue às suas contas. Não obstante, em agosto já não há lay off. E na semana passada a empresa fez um comunicado onde esclarece que o subsídio de férias será pago na primeira quinzena de agosto.
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