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Os truques de Ricardo Salgado nos últimos meses do BES

Os truques de Ricardo Salgado nos últimos meses do BES
luís barra

Foram vários os “cenários ilusionistas” que Salgado criou para fazer “suas verbas que pertenciam a terceiros”, com a ajuda de Morais Pires e outros

Entre dezembro de 2013 e julho de 2014, as fugas para a frente do império Espírito Santo, apertado pelos supervisores e pela situação caótica de algumas das suas holdings completamente descapitalizadas, sucederam-se em velocidade furiosa. Os problemas do grupo foram marcando passo em várias frentes e envolveram operações feitas ao longo de vários anos, mascarando contas e servindo-se de esquemas entre diversas sociedades para delapidar o banco em muitas centenas de milhões de euros.

Pelo menos desde 2009, a holding de topo do GES para a área financeira e não financeira, a ESI, já enfrentava problemas que foram sendo empurrados com a barriga. Na acusação do Ministério Público, chamada Universo Espírito Santo, esta semana conhecida, pode ler-se a uma dada altura que, “com o início da revelação de factos que envolviam a prática de crimes que estavam em execução desde 2009”, assim como as ordens impostas pela supervisão bancária que ditavam a separação dos recursos do banco da área não financeira do grupo, “Ricardo Salgado empreendeu todas as decisões que estavam ao seu alcance para obter criminalmente dinheiro em termos que impedissem a deteção dos desvios antecedentes”. A acusação diz mesmo que Salgado “fez suas verbas que pertenciam a terceiros, e às quais não tinha direito, contando para este propósito com cenários ilusionistas que criou para que outros caíssem neste logro”.

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