
A falta de uma estratégia de prevenção da saúde mental custa milhões de euros por ano às empresas nacionais. Ansiedade e esgotamento são apenas a ponta do icebergue, conclui estudo da Ordem dos Psicólogos
A falta de uma estratégia de prevenção da saúde mental custa milhões de euros por ano às empresas nacionais. Ansiedade e esgotamento são apenas a ponta do icebergue, conclui estudo da Ordem dos Psicólogos
Jornalista
A perda de produtividade associada ao absentismo ou ao presentismo, causados por stresse, burnout (síndrome de exaustão profissional) ou outros problemas de saúde psicológica, pode custar às empresas portuguesas €3,2 mil milhões por ano. “Três vezes mais do que custou a Ponte Vasco da Gama”, compara Francisco Miranda Rodrigues, bastonário da Ordem dos Psicólogos, que na próxima semana divulga o estudo “Custo do Stresse e dos Problemas de Saúde Psicológica no Trabalho em Portugal”, a que o Expresso teve acesso em exclusivo. O bastonário critica a ausência de uma estratégia clara de prevenção da saúde mental dos trabalhadores. Diz que o stresse e o burnout não são problemas do mercado de trabalho, “são um problema de saúde pública” e acrescenta que “do ponto de vista político ainda nada foi feito”.
As contas da Ordem dos Psicólogos são claras. Em Portugal, estima-se que um trabalhador falte até 6,2 dias por ano, devido a problemas de saúde psicológica, onde se incluem, entre outros, o stresse, a ansiedade ou a exaustão profissional (burnout). Já o presentismo — quando o trabalhador insiste em apresentar-se no local de trabalho doente (física ou mentalmente), sabendo que a sua produtividade será afetada — pode ir até 12,4 dias ao ano por trabalhador. Contas feitas, “a perda de produtividade daqui decorrente pode custar às empresas portuguesas até 0,9% do seu volume de negócios”, conclui o estudo da Ordem dos Psicólogos. Considerando o total das empresas portuguesas, são, nas contas da Ordem, 3,2 mil milhões de euros.
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