Economia

Siza Vieira anuncia linha de 1000 milhões de euros para micro-empresas 

Siza Vieira anuncia linha de 1000 milhões de euros para micro-empresas 
Lusa

O lançamento de 1000 milhões de euros para micro e pequenas empresas e o aumento de financiamento para micro empresas do sector do turismo foram duas das medidas anunciadas

Siza Vieira anuncia linha de 1000 milhões de euros para micro-empresas 

Isabel Vicente

Jornalista

Siza Vieira anuncia linha de 1000 milhões de euros para micro-empresas 

Anabela Campos

Jornalista

O ministro da Economia aproveitou a sua audição desta terça-feira no Parlamento para anunciar uma linha de crédito de 1000 milhões de euros para micro e pequenas empresas de todos os sectores a 20 de julho e o alargamento micro-crédito para empresas do sector do turismo de 60 milhões de euros para 100 milhões.

Neste pacote agora reforçado, Siza Vieira acrescenta que parte do mesmo pode ser "concedido a fundo perdido mas apenas para as empresas que mantenham o emprego".

Questionado pelos deputados da Comissão da Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação sobre as queixas dos empresários devido à forma e morosidade das últimas linhas de crédito, Siza Vieira afirma que as novas linhas de crédito para micro e pequenas empresas será contratada junto dos bancos mas sobre os atrasados de que se queixavam os empresários no passado sublinha:"aprendemos com a experiência e vamos flexibilizar os procedimentos", adiantando que "já não se ouvem queixas", como no inicio das medidas de apoio.

O ministro da Economia sublinhou ainda que já estão contratados cerca de 5,5 mil milhões de euros dos cerca de 6,2 mil milhões de euros que foram disponibilizadas pelo governo para fazer face à pandemia e estancar os efeitos imediatos.

As novas linhas destinam-se não apenas a estancar efeitos mas a responder a necessidades de investimentos numa fase ainda que timida da retoma, no âmbito do Programa de Estabilidade Económica e Social. Ou seja, Siza Vieira reitera que é preciso continuar a apoiar sectores que continuam em grande dificuldade e também aqueles que estando a iniciar a sua retoma precisam de investimento.

"Apoiamos não apenas a tesouraria das empresas (que foram obrigadas a parar) como temos também de copntonuar a apoiar as necessidades de investimento", numa fase posterior, mas "ainda de enorme incerteza" sobre o tempo que esta pandemia possa durara. Até porque o problema só se resolverá, diz, quando houver uma vacina e isso só se espera que possa acontecer no próximo verão.

No que diz respeito aos seguros de crédito, essencial ás empresas exportadoras, o ministro da Economia reconhece que os apoios estatais "demoraram tempo", mas que "desde meados de junho que os seguros de crédito está a ser contratados" e como tal a questão "está ultrapassada".

Quanto ás questões relativas sobre de onde vem o dinheiro para as medidas contempladas no Programa de Estabilização Económica e Social, o governante diz que parte das medidas "são suportadas por receita nacional e também por fundos europeus já disponíveis para Portugal que podem ser usados em função da flexibilização dos fundos".

Siza Vieira falou também no Fundo Capital criado no âmbito de relançamento da economia referindo que este se destina sobretudo a "apoiar o balanço das empresas viáveis" e que nesta âmbito precisam de capital. E neste caso o Estado pode intervir diretamente no capital das empresas.

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