Economia

Associados do Montepio aprovam contas de 2019 e recusam antecipar eleições

Associados do Montepio aprovam contas de 2019 e recusam antecipar eleições
FOTO Luís Barra

89% dos 160 associados presentes em assembleia geral aprovaram as contas da Associação do Montepio liderada por Virgílio Lima. Moção de grupo de associados para antecipar eleições foi rejeitada

Associados do Montepio aprovam contas de 2019 e recusam antecipar eleições

Isabel Vicente

Jornalista

Os associados da Associação Mutualista Montepio aprovaram terça-feira à noite as contas individuais de 2019. Dos cerca de 600 mil associados estiveram presentes na Assembleia Geral 160 e destes 89,09% votaram a favor das contas que geraram um prejuízo de 409 milhões de euros.

No comunicado da Associação do Montepio sobre a assembleia geral (AG), pode ler-se que os "resultados recorrentes foram positivos em 9 milhões de euros", porém os resultados não recorrentes , fruto de provisões e imparidades e provisões matemáticas adicionais resultaram em impactos negativos de 418 milhões de euros.

Um grupo de associados colocou à votação uma moção para antecipar eleições como referiu ontem o Expresso, mas esta foi rejeitada pela maioria dos associados presentes na reunião magna.

Os prejuízos registados pela associação em 2019 devem-se não só à necessidade de contabilizar no seu balanço a desvalorização de 377,5 milhões de euros do Banco Montepio, como a contabilização de 14,8 milhões de euros da Montepio Seguros. Uma exigência colocada pelo auditor PwC e que gerou uma batalha entre a administração liderada por Virgílio Lima e o conselho fiscal da associação.

A associação, liderada por Virgílio Lima refere no comunicado que os cinco pontos que foram a votação, a saber a deliberação sobre o Relatório do Conselho de Administração e Contas Individuais e Parecer do Conselho Fiscal referente ao exercício de 2019, a deliberação sobre as propostas de aplicação de resultados, a apreciação do Relatório da Atividade do Conselho Geral relativo ao exercício de 2019, assim como a deliberação sobre a proposta de modificações do Regulamento de Benefícios apresentada pelo Conselho de Administração, acompanhada de parecer favorável do Conselho Geral e ainda a eleição de uma Comissão de 5 membros destinada a dar parecer e preparar a versão final da proposta de modificações do Regulamento de Benefícios a apresentar à Assembleia Geral, foram aprovados por larga maioria dos associados presentes.

Em comunicado é ainda referido que a "participação dos associados nesta assembleia confirma a natureza democrática da Associação e o poder atribuído aos associados de deliberarem sobre o presente e futuro de uma instituição incontornável na esfera da economia social em Portugal e na Europa e que em 180 anos de história e atividade nunca deixou de honrar os compromissos assumidos com a sua comunidade de associados, as estruturas da sociedade civil e o país".

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