Antonoaldo Neves, presidente executivo da TAP, veio esclarecer esta terça-feira no Parlamento que não será por oposição sua ou da companhia que o Estado deixará de ter um membro por si designado na comissão executiva, conforme era desejo do governo.
“A Comissão Executiva está disponível para ter um membro indicado pelo Estado”, disse Antonoaldo Neves, o presidente da comissão executiva da TAP na comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, na Assembleia da República, em Lisboa.
Antonoaldo Neves sublinhou mesmo não ver “qualquer problema” que o Estado, enquanto acionista da TAP, esteja também representado na Comissão Executiva, considerando até que esta é uma opção “produtiva”.
“Mas vai ter que sentar à mesa, discutir, tomar decisões difíceis. […] Não tem nenhum problema, trabalhar com pessoas que querem o bem da TAP”, acrescentou citado pela agência Lusa.
O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, defendeu em intervenções sobre a TAP que o Estado, enquanto acionista com 50% do capital, deveria ter um representante na comissão executiva, onde estão agora apenas três gestores, todos eles apontados pelos acionistas privados.
Mas tal como noticiou o Expresso, o Estado deixou cair essa vontade, e não a vai impor no âmbito das condições que os acionistas privados terão de respeitar para que possam aceder ao empréstimo do Tesouro que poderá ir até aos 1,2 mil milhões de euros.
O Estado prefere antes ver reforçado o seu poder no conselho de administração, que passará a ter mais capacidade de decisão em matérias financeiras e inclusive planos de voo.
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