Economia

Contratação pública caiu mais de 50% em algumas categorias em março, mas já recuperou

Segundo Miguel Sobral, CEO da Vortal, uma empresa especializada em contratação pública, houve uma altura de “quase congelamento das adjudicações”

Expresso

“A partir de meados de março a contratação pública teve uma quebra substancial, em algumas categorias superior a 50%”, revela Miguel Sobral, presidente executivo da Vortal, empresa especializada em contratação pública, em entrevista ao “Jornal de Negócios” esta sexta-feira.

“Em termos gerais passou para metade do que era mensalmente até então. As quebras mais acentuadas foram ao nível dos transportes, viagens, atividades recreativas e culturais e serviços de cantinas”, aponta.

Por outro lado, houve categorias que cresceram, como equipamentos informáticos, telecomunicações, equipamento de proteção individual e construção, “em média na ordem dos 20%.”

Segundo Miguel Sobral, houve uma altura de “quase congelamento das adjudicações”. “Parecia que as pessoas não estavam nas entidades públicas para terminar os processos e houve prorrogações. Mas não houve cancelamento de concursos e os procedimentos acabaram por ser concluídos mais tarde. Estamos a aproximar-nos do que tínhamos antes do estado de emergência, ainda 10% a 20% abaixo, mas a crescer semana a semana”, conta.

O CEO da Vortal diz ainda que a partir de meados de abril voltou a haver uma recuperação nas contratações. “Nas últimas semanas já voltámos a estar em valores médios semanais de procedimentos de compra próximos dos que tínhamos antes do estado de emergência”, diz.

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