A degradação do mercado de trabalho, que deve levar a taxa de desemprego a atingir 9,6% em 2020, segundo a previsão do Governo, vai fazer mossa nas contas da Segurança Social.
O valor inscrito pelo Executivo no Orçamento Suplementar para a receita efetiva prevista com contribuições e quotizações - a principal fonte de receita da Segurança Social - é de 17,2 mil milhões de euros. São menos 2,3 mil milhões de euros do que a previsão que foi antecipada em dezembro, no Orçamento do Estado para 2020, indica a conta consolidada da Segurança Social.
Uma quebra na receita que anda a par do aumento da despesa. São quase 2,6 mil milhões de euros a mais do que no orçamento inicial, em grande parte como resultado das medidas de mitigação da crise e de relançamento da economia.
Neste quadro, o Governo vai reforçar as transferências do Orçamento do Estado para a conta da Segurança Social em 2,7 mil milhões de euros, para um total de 11,7 mil milhões.
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