Covid-19. Banca “não compreende razões” de contribuição de solidariedade
A Associação Portuguesa de Bancos (APB) salientou esta segunda-feira que “não devem ser criados mais entraves” à capacidade dos bancos financiarem a economia.
A Associação Portuguesa de Bancos (APB) salientou esta segunda-feira que “não devem ser criados mais entraves” à capacidade dos bancos financiarem a economia.
A Associação Portuguesa de Bancos (APB) “desconhece e não compreende que razões podem justificar a aplicação de uma contribuição de solidariedade apenas sobre o setor bancário”. Foi desta forma, que a associação reagiu à criação de uma contribuição adicional de solidariedade para suportar os custos da reposta pública à crise provocada pela pandemia.
A medida está prevista no Programa de Estabilização Económica e Social do Governo e permitirá uma receita da ordem dos 33 milhões de euros.
A APB, presidida por Fernando Faria de Oliveira, salienta que “qualquer taxa de solidariedade, a ser necessária, não deveria incidir precisamente sobre o setor que, quer no presente, onde vem apoiando decisivamente famílias e empresas, mas essencialmente no futuro, tem um papel determinante na recuperação da atividade económica”.
Os representantes da banca lembram ainda que o sistema bancário, em consequência da brutal recessão provocada pela pandemia e do aumento do incumprimento do crédito que sempre ocorre nessas circunstâncias, “poderá ser um dos setores mais afetados”.
“Perante o atual contexto, a saúde financeira da banca tem que ser preservada, não devendo ser criados mais entraves à capacidade dos bancos financiarem a economia e serem competitivos no espaço europeu.”, acrescenta a APB.
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