A campanha de verão da easyJet arrancou esta terça-feira com um milhão de voos a 29,9 euros. É um "preço bastante agressivo", admite o diretor da easyjet Portugal, José Lopes. "O objetivo é estimular a procura nos dois meses do pico do verão, de forma a poder recuperar, de alguma forma, da tempestade em que o setor da aviação mergulhou", explicou o gestor, em declarações ao Expresso.
Em Portugal serão recuperadas 50 rotas das 64 habitualmente existentes. Em agosto subirá para as 59. Haverá, no entanto, menos frequências de voos em oferta. Ainda assim, "a easyJet prevê voar cerca de 78% e 92% das rotas que servem Portugal nestes dois meses de verão".
A manutenção da oferta e o seu aumento vai depender de como reagir a procura. "Vamos navegar à vista e ver como a procura (dos passageiros) reage. Se verificarmos que não existe reação positiva, iremos reajustar a oferta", salientou. José Lopes adianta que os indicadores que a easyJet tem, através de inquéritos, mostram apetência por Portugal.
José Lopes sublinhou a importância de a oferta da easyJet cobrir Portugal por inteiro, sem exceções, algo que, defende, o país deverá reconhecer como meritório. "Servindo Portugal de norte a sul por igual, a easyJet reforça ainda mais a sua posição como companhia verdadeiramente nacional, que nestes tempos difíceis continua a dar Portugal a conhecer ao mundo e a permitir aos portugueses voarem em segurança e a preços acessíveis", diz a companhia no comunicado enviado às redações.
Mais um milhão de lugares até outubro
A oferta de voos até 29,9 euros é para aplicar até 31 de outubro. "Para coincidir com o arranque em massa de voos, a companhia aérea lança a maior venda de sempre, com mais de um milhão de lugares para destinos de férias em toda a Europa, por apenas 29,99€, para viagens entre 1 de julho e 31 de outubro de 2020".
A companhia, esclarece, que na Europa "planeia voar 50% das suas 1022 rotas em julho e 75% em agosto". A frequência de voos será porém mais baixa, o equivalente a cerca de 30% da capacidade normal de julho a setembro.
A easyJet sublinha que "as restrições de viagens estão a ser levantadas e a procura está a começar a retornar" considerando por issoa que "não há melhor momento para lançarmos esta campanha". Junho é um mês de pouca atividade, que só retomará com um pouco mais de força a partir de meados do mês.
Serão tomadas "uma série de medidas elaboradas em conjunto com as autoridades de aviação, a EASA e a ICAO e a nível nacional para ajudar a garantir a segurança e o bem-estar dos passageiros e da tripulação" por causa da pandemia. E enumera quais são: "limpeza e desinfecção aprimoradas dos aviões e a exigência de que os passageiros e a tripulação usem máscaras", a "bordo, e sempre que possível, a tripulação convidará os passageiros a distanciarem-se dos clientes que não pertencem ao mesmo grupo quando houver lugares disponíveis".
"Todos os aviões estarão sujeitos a um processo diário de desinfeção, que fornece proteção de superfície contra vírus por pelo menos 24 horas". Será suspenso o serviço de refeições. "Todos os voos serão abastecidos com equipamento sanitário extra, incluindo máscaras, luvas e desinfetante para as mãos, para garantir que estejam sempre disponíveis aos clientes e à tripulação a bordo, se necessário".
Os aviões, diz a companhia, estão equipados com "filtros de detenção de partículas de alta eficiência ou filtros HEPA, com a capacidade de capturar 99,97% de contaminantes transportados pelo ar, como vírus e bactérias. Estes filtros são os mesmos que se utilizam em hospitais e através deles o ar na cabine é constantemente filtrado e substituído sendo ar fresco introduzido na cabine a cada 3-4 minutos".
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