A Principle Power, empresa norte-americana que desenvolveu as plataformas Windfloat, desenhadas para eólicas offshore, fechou a sua maior ronda de financiamento de sempre, captando 22 milhões de dólares (20 milhões de euros) da japonesa Tokyo Gas.
A participação adquirida pela Tokyo Gas na estrutura acionista da Principle Power não foi revelada. Mas entre os acionistas da companhia norte-americana continuam a EDP, a também portuguesa ASM (grupo A. Silva Matos), a espanhola Repsol e a norueguesa Aker Solutions.
Contactada pelo Expresso, a EDP confirmou a entrada de um novo acionista na Principle Power e indicou que a EDP mantém nesta sociedade o estatuto de maior acionista, com uma participação de 25,4%.
A entrada da Tokyo Gas na Principle Power acontece pouco depois de a empresa norte-americana ter constituído uma subsidiária no Japão, para tentar atacar o mercado asiático com o seu produto principal, uma plataforma flutuante, de base triangular, para eólicas no mar, cuja principal vantagem face a outras soluções para eólicas offshore é poder ser instalada em zonas de mar com maior profundidade.
Será, aliás, com as plataformas da Principle Power que funcionará o primeiro parque eólico offshore em Portugal, ao largo de Viana do Castelo, num consórcio liderado pela EDP.
A Principle Power, que tem sede na Califórnia, é liderada pelo gestor português João Metelo, que acredita que a aliança com a Tokyo Gas será crucial para conseguir vender o Windfloat no mercado japonês.
"Com a Tokyo Gas ganhámos um parceiro local de confiança, que é um fator de sucesso essencial no Japão. O investimento da Tokyo Gas firma alicerces sólidos para a nossa expansão na Ásia, que se espera que lidere o desenvolvimento das eólicas offshore flutuantes nos próximos anos", comentou João Metelo em comunicado.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mprado@expresso.impresa.pt