Economia

Provisões fazem cair resultados da Caixa para 86 milhões de euros

Provisões fazem cair resultados da Caixa para 86 milhões de euros
Credito foto

Caixa lucra 86,2 milhões de euros por antecipação de provisões decorrentes da pandemia

Provisões fazem cair resultados da Caixa para 86 milhões de euros

Isabel Vicente

Jornalista

No primeiro trimestre de 2020 o banco público atingiu um resultado positivo de 86,2 milhões de euros, menos 31,6 por cento face a igual período de 2019. O presidente da Caixa, Paulo Macedo, sublinha que este resultado decorre também do reforço da imparidade de crédito e provisão para garantias bancárias no montante de 60 milhões de euros em antecipação dos efeitos expectáveis da crise económica.

Este resultado equivale a um 'Return On Equity' (que permite aferir da capacidade da instituição remunerar o capital investido ) de 4,5 por cento, uma descida de 2 pontos percentuais face ao registado nos primeiros três meses do ano passado.

A qualidade do crédito melhorou, os custos de estrutura mantiveram a trajetória descendente, mas a margem financeira caiu 1,9 por cento, apesar do comportamento positivo das comissões, que aumentaram 1,9 por cento, e do decréscimo de 4por cento nos custos de estrutura, em termos consolidados.

Os recursos totais de clientes cresceram 1,4 por cento mas o total de crédito concedido caiu 7,1 por cento, apesar do crédito a empresas ter tido um crescimento marginal de 0,1 por cento. O rácio de crédito não produtivo (NPL) reduziu-se para 4,5 por cento, convergindo positivamente com a média registada pelos bancos europeus .

Os rácios de capital do banco público estão acima do exigido. o rácio de capital core (CET1) foi de 16,6 por cento e de 19,2 por cento no capital total.

Paulo Macedo sublinhou numa breve apresentação que a Caixa , seguindo a recomendação do BCE , irá propor em assembleia gera, onde o Estado é o único accionista , não distribuir dividendos relativos a 2019, sendo os mesmo na casa dos 300 milhões de euros absorvidos para reservas.

A CGD tem uma situação muito confortável ao nível da liquidez, refere o administrador José Brito, referindo que o banco público tem uma ampla capacidade de financiamento em ativos elegíveis junto do BCE na ordem de 18 mil milhões de euros.

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