Economia

Programa de Estabilidade. Retalho, restauração e alojamento responsáveis por metade do impacto no PIB

Uma parte significativa do impacto negativo do confinamento advém da evolução verificada no setor do comércio a retalho e na restauração e alojamento, refere o Governo

Comércio a retalho, restauração e alojamento são responsáveis por cerca de metade do impacto negativo de 6,5 pontos percentuais no PIB anual a cada 30 dias úteis de confinamento, segundo o Programa de Estabilidade divulgado esta quinta-feira.

Uma parte significativa do impacto negativo do confinamento advém da evolução verificada no setor do comércio a retalho e na restauração e alojamento, refere o Governo, acrescentando que "este setor explicará aproximadamente metade do impacto total estimado no PIB, seguido pelo setor da indústria (transformadora e extrativa) cuja evolução contribuirá, por si só, para um impacto de -1,6 pontos percentuais".

Este cálculo, alerta o executivo, deve ser interpretado como "a estimativa do impacto mais severo do período de confinamento correspondendo ao período do estado de emergência".

No Programa de Estabilidade (PE) para 2020, aprovado hoje em Conselho de Ministros e entregue à Assembleia da República, o Governo reafirma que, "recorrendo a uma metodologia setorial similar à utilizada por instituições internacionais [....], estima-se que 30 dias úteis (cerca de um mês e meio) de confinamento tenham um impacto negativo no PIB anual de 6,5 pontos percentuais".

O executivo acrescenta no documento que esta estimativa tem em conta igualmente os dados desagregados e já conhecidos relativos às empresas que se candidataram a 'lay-off' até dia 27 de abril de 2020. "Destes números, destaque-se que 38% das 95 mil empresas candidatas ao procedimento de 'lay-off' simplificado são empresas de restauração, alojamento e comércio a retalho", lê-se no documento.

O setor da restauração e alojamento é, previsivelmente, o mais afetado, com perto de 57% das empresas a terem apresentado a candidatura a 'lay-off', refere o Governo.

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