A percentagem de investidores institucionais e do retalho que acham que a zona euro corre o risco de se poder desmembrar nos próximos 12 meses subiu em março para 13,43%, segundo o índice da consultora alemã Sentix, especializada em finança comportamental.
Este índice Sentix está, agora, em mais do dobro do final do ano passado, quando apenas 6,4% dos inquiridos achavam que a zona euro poderia fragmentar-se. Ainda em novembro, o índice tinha descido para o ponto mais baixo da série iniciada em 2012, registando 5,2%.
Segundo a Sentix, os investidores temem, agora, que o financiamento necessário para enfrentar a crise do coronavírus se venha a tornar um sério problema, sobretudo para Espanha e Itália, "colocando em causa a estabilidade do euro", lê-se na análise publicada esta terça-feira pela consultora germânica.
No entanto, o risco atual está muito longe do máximo registado em julho de 2012 - no mês em que Mario Draghi garantiu que o Banco Central Europeu faria tudo o que fosse necessário para segurar o euro - em que 73% do painel dava como certo alguma saída da zona euro, em virtude da crise das dívidas soberanas. Então era a Grécia que liderava esse risco.
O inquérito mensal da Sentix abrange 1000 investidores institucionais e do retalho e foi realizado entre 26 e 28 de março.
O maior risco na zona euro está, agora, centrado na Itália, com uma probabilidade de saída do euro mais de três vezes superior à da Espanha e da Grécia.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt