Há dois casos de infeção no edifício da Caixa Geral de Depósitos (CGD) na Avenida João XXI, em Lisboa, conforme adiantou Isabel Rodrigues, coordenadora da comissão de trabalhadores. A informação foi confirmada ao Expresso por fonte oficial do banco.
Uma das pessoas infetadas é o médico do posto que existe naquele edifício, disse Isabel Rodrigues, acrescentando que todos os funcionários que contactaram com estas pessoas “encontram-se de quarentena em casa”, tendo o posto médico sido “desinfetado” e “canceladas todas as consultas agendadas para os próximos dias”.
Segundo Isabel Rodrigues, os casos foram detetados na sexta-feira passada, tendo os trabalhadores sido informados na segunda-feira. “A área onde foi detetado o outro caso foi isolada e os colegas que ali trabalham mandados também para casa.”
Circulou uma mensagem no Whatsapp, enviada por um dos funcionários, em que se acusava o banco de ter escondido informação, mas Isabel Rodrigues desmente-o. “Isso não aconteceu. Foi-nos dada informação sobre os casos confirmados”, disse, acrescentando que foram adotadas medidas face ao aumento do número de casos da covid-19 em Portugal, como o encerramento dos balcões de atendimento ao público. “O atendimento é feito por telefone ou agendado. O edifício tem regras diferentes agora, nomeadamente ao nível da circulação. Houve a preocupação de proteger as pessoas.”
“Limpeza dos postos de trabalho” e adoção de “diversas medidas de contenção”
Em comunicado enviado na segunda-feira aos funcionários, a comissão executiva do banco dá conta do encerramento de algumas áreas do edifício na Avenida João XXI. Também explica que está a ser “reforçada a limpeza dos postos de trabalho” e tomadas “diversas medidas de contenção”.
Essas medidas incluem a diminuição do número de funcionários “em simultâneo na agência” e o incentivo “à utilização de canais alternativos por parte dos clientes, através da app e da colocação adicional de cartões de débito e crédito”.
“Serão encerradas as agências quando e apenas se necessário, como já aconteceu em casos pontuais.” Muitos funcionários estão a trabalhar a partir de casa, em teletrabalho, estando a ser dada “prioridade aos grupos de risco”, onde estão incluídos, segundo o banco, “todos os que desempenham funções críticas para a continuidade do negócio”. De acordo com o comunicado, serão anunciadas “medidas mitigadoras do impacto para as famílias e empresas”.
Quanto aos casos detetados na CGD na Avenida João XXI, refere o comunicado que “foram contactadas todas as pessoas com quem os colaboradores em causa tiveram proximidade”.
Também o BCP registou um caso, segundo uma notícia avançada pelo “Eco”. Trata-se, segundo este órgão de de comunicação, de uma funcionária que trabalha no edifício do banco no Gonçalo Sampaio, e cujo marido é médico e foi um dos primeiros casos registados em Portugal. Assim que o vírus foi detetado, a funcionária foi encaminhada para casa, assim como os colegas com quem trabalha.
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