Mário Ferreira tem 2% da Cofina

Dono da empresa turística Douro Azul anunciou esta quarta-feira ao final do dia que passou a ter uma participação qualificada no grupo que controla o Correio da Manhã e a CMTV
Dono da empresa turística Douro Azul anunciou esta quarta-feira ao final do dia que passou a ter uma participação qualificada no grupo que controla o Correio da Manhã e a CMTV
Editor-adjunto de Economia
O empresário Mário Ferreira passou a ter 2% da Cofina, empresa na qual se prespetivava que passasse a ter à volta de 15%, quando fosse concretizada a compra, entretanto abortada, da Media Capital por este grupo.
A informação foi conhecida esta quarta-feira à noite através de um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) em que dava conta que ele e a sua empresa Pluris Investments fizeram aquisições de ações da Cofina que "totalizam o montante de 2.125.200 em sessão de Bolsa", o que corresponde a 2,072% do grupo detentor do Correio da Manhã e da CMTV.
Esta quarta-feira de manhã o empresário, proprietário do grupo Douro Azul, disse estar surpreendido com o fim do negócio de compra da Media Capital pela Cofina. “Fui apanhado de surpresa. Foi uma decisão tomada pelo engenheiro Paulo Fernandes [presidente da Cofina e um dos seus maiores acionistas] e os acionistas da Cofina… não fui consultado”, afirmou ao Expresso.
A operação de aumento de capital de 85 milhões de euros destinada a financiar a compra da Media Capital acabou por não ter sucesso, o que levou a Cofina a anunciar que o negócio fica sem efeito. Se o aumento de capital fosse concretizado, Mário Ferreira poderia tornar-se o segundo maior acionista, com 15,25%, o que representaria um investimento de 20 milhões de euros. Paulo Fernandes tornar-se-ia o maior acionista, com mais de 20%
Em declarações ao Eco, o empresário disse mesmo que “o engenheiro Paulo Fernandes estava a liderar todo o processo, se decidiu não avançar é porque tem informação relevante, que eu não tenho, que o levou a desistir do negócio”, afirma o empresário.
A Cofina divulgou na madrugada desta quarta-feira que não conseguiu concretizar o aumento de capital previsto, devido à instabilidade nos mercados financeiros provocada pela epidemia de coronavírus, e que, por esse motivo, a compra da Media Capital fica sem efeito.
Este negócio, anunciado em setembro do ano passado, iria criar o maior grupo de comunicação social do país, com os ativos da Cofina (Correio da Manhã, CMTV, Record, Sábado e Jornal de Negócios) e os da Media Capital (TVI, TVI24 e Rádio Comercial).
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