Economia

Mário Ferreira tem 2% da Cofina

Vinte e cinco anos depois de se lançar com um pequeno barco no Douro, Mário Ferreira dirige um império avaliado em 625 milhões de euros.
Vinte e cinco anos depois de se lançar com um pequeno barco no Douro, Mário Ferreira dirige um império avaliado em 625 milhões de euros.
Rui Duarte Silva

Dono da empresa turística Douro Azul anunciou esta quarta-feira ao final do dia que passou a ter uma participação qualificada no grupo que controla o Correio da Manhã e a CMTV

Mário Ferreira tem 2% da Cofina

Pedro Lima

Editor-adjunto de Economia

O empresário Mário Ferreira passou a ter 2% da Cofina, empresa na qual se prespetivava que passasse a ter à volta de 15%, quando fosse concretizada a compra, entretanto abortada, da Media Capital por este grupo.

A informação foi conhecida esta quarta-feira à noite através de um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) em que dava conta que ele e a sua empresa Pluris Investments fizeram aquisições de ações da Cofina que "totalizam o montante de 2.125.200 em sessão de Bolsa", o que corresponde a 2,072% do grupo detentor do Correio da Manhã e da CMTV.

Esta quarta-feira de manhã o empresário, proprietário do grupo Douro Azul, disse estar surpreendido com o fim do negócio de compra da Media Capital pela Cofina. “Fui apanhado de surpresa. Foi uma decisão tomada pelo engenheiro Paulo Fernandes [presidente da Cofina e um dos seus maiores acionistas] e os acionistas da Cofina… não fui consultado”, afirmou ao Expresso.

A operação de aumento de capital de 85 milhões de euros destinada a financiar a compra da Media Capital acabou por não ter sucesso, o que levou a Cofina a anunciar que o negócio fica sem efeito. Se o aumento de capital fosse concretizado, Mário Ferreira poderia tornar-se o segundo maior acionista, com 15,25%, o que representaria um investimento de 20 milhões de euros. Paulo Fernandes tornar-se-ia o maior acionista, com mais de 20%

Em declarações ao Eco, o empresário disse mesmo que “o engenheiro Paulo Fernandes estava a liderar todo o processo, se decidiu não avançar é porque tem informação relevante, que eu não tenho, que o levou a desistir do negócio”, afirma o empresário.

A Cofina divulgou na madrugada desta quarta-feira que não conseguiu concretizar o aumento de capital previsto, devido à instabilidade nos mercados financeiros provocada pela epidemia de coronavírus, e que, por esse motivo, a compra da Media Capital fica sem efeito.

Este negócio, anunciado em setembro do ano passado, iria criar o maior grupo de comunicação social do país, com os ativos da Cofina (Correio da Manhã, CMTV, Record, Sábado e Jornal de Negócios) e os da Media Capital (TVI, TVI24 e Rádio Comercial).

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: PLima@expresso.impresa.pt

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