Portugal continua na lista das 12 economias da União Europeia com desequilíbrios macroeconómicos, segundo o relatório de análise no âmbito do semestre europeu publicado esta quarta-feira pela Comissão Europeia em Bruxelas. No entanto, está fora do grupo dos piores onde se encontram Chipre, Grécia e Itália, com “desequilíbrios excessivos”.
Bruxelas chama a atenção que Portugal, tal como Croácia, Espanha e Irlanda, continua com as “vulnerabilidades” associadas à dívida externa e à dívida pública a privada em relação ao Produto Interno Bruto.
O semestre europeu consiste no acompanhamento ao longo do ano por parte de Bruxelas das políticas orçamentais e de reforma dos estados membros. As próximas etapas são a apresentação em abril dos Programas Nacionais de Reformas e do Programa de Estabilidade, que serão apreciados pela Comissão em maio, que fará novas recomendações.
A Comissão critica, também, o governo de Lisboa por ter realizado “progressos limitados” nas reformas com que se comprometeu no ano passado. Numa análise mais em detalhe, Bruxelas considera que o país não fez nenhum progresso na redução das restrições nas profissões altamente reguladas e que realizou avanços limitados na reforma da rede de segurança social. No entanto, elogia “algum progresso” na correção da segmentação no mercado de trabalho e na implementação das políticas de transição energética.
A lista negra dos 12 países da União com desequilíbrios envolve a Alemanha, Chipre, Croácia, Espanha, França, Grécia, Irlanda, Itália, Países Baixos, Portugal, Roménia e Suécia. Da lista de 13 publicada em 2019 saiu a Bulgária.
Bruxelas volta a chamar à atenção para os desequilíbrios que se mantêm nos casos da Alemanha e da Holanda, onde um excedente externo excessivo permanece.
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