Economia

Coronavírus: Empresas americanas na China começam a comprar fora

A população de Macau correu aos supermercados depois do Govereno regional ter decretado medidas execpionais de controlo da epidemia.
A população de Macau correu aos supermercados depois do Govereno regional ter decretado medidas execpionais de controlo da epidemia.
Tatiana Lages

A epidemia começa a levar empresas norte-americanas a operar na China a acelerar alternativas de fornecimento. Pequim pede o fim das restrições das viagens do estrangeiro e banco central diz-se atento à situação.

A maioria das empresas norte-americanas que operam no mercado chinês admitem que a epedemia de coronovírus vai ter um reflexo negativos na atividade e, algumas começam já a acelerar os seus planos de compras fora da China, revela um estudo da Câmara de Comércio de Xangai, citado pela agência Reuters. Cerca de 25% das empresas inquiridas prevê uma quebra de receita de pelo menos 16% este ano e mais de um quinto dos entrevistados admite um recuo de vendas entre 11% e 15%. Apenas 13% das 127 empresas que são objeto do estudo dizem que não esperam qualquer impacto na atividade devido à epidemia. Já para 16% das empresas, a economia chinesa deverá contrair-se mais de 2$. O coronavírus 2019-nCoV já matou mais de 630 pessoas e infectou mais de 30.000, de acordo com os últimos dados oficiais. Pequim pede fim da restrição de viagens A China pediu esta sexat-feira aos países que restringiram viagens e comércio por causa do surto do novo coronavírus que começou no centro do país para levantarem essas limitações, evitando medidas que possam suscitar o pânico. “Alguns países adotaram uma série de restrições de viagens e comércio, incluindo proibir a entrada de estrangeiros que tenham visitado a China nos últimos 14 dias, rejeitar a entrada de cidadãos chineses com passaportes emitidos na província de Hubei, suspender a emissão de vistos e cancelar voos, entre outras", afirmou o embaixador chinês na ONU, Li Song. Banco Popular da China atento à situação

O banco central da China vai aumentar o apoio à economia para aliviar o impacto do surto de coronavírus, mas a atividade económica só deverá recuperar quando o vírus estiver sob controlo, disse esta sexta-feira um dos seus vice-presidentes.

O Banco Popular da China está a seguir de perto o impacto do surto na segunda maior economia do mundo, e a preparar instrumentos de política monetária para compensar a pressão, disse o vice-presidente Pan Gongsheng em entrevista à imprensa, citado pela agência Reuters.

“Em termos de política monetária, o próximo passo será fortalecer os ajustes contracíclicos, manter uma liquidez ampla e razoável e fornecer um ambiente monetário e financeiro sólido para a economia real”, disse Pan.

Ainda segundo a mesma fonte, o responsável do banco central salientou que “no contexto da epidemia e de pressão negativa sobre a economia, é mais importante manter o crescimento económico.”

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