O empresário da Douro Azul e tubarão do “Shark Tank” vai entrar na operação de compra da TVI. A Pluris Investments – sociedade que já teve as designações de Mystic Invest e Mystic River, detida em 94,99% por Mário Ferreira e em 4,99% pela sua mulher, Paula Dias Ferreira – vai entrar no aumento de capital da Cofina de até 85 milhões de euros para financiar a compra da Media Capital, que detém a TVI e a Rádio Comercial.
Deste montante, 70% já está assegurado, de acordo com um comunicado enviado esta quarta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A Promendo Investimentos (detida por Ana Menéres Mendonça), a Caderno Azul (João Borges de Oliveira), a Actium Capital (Paulo Fernandes), Livrefluxo (Domingos José Vieira de Matos) e a Valor Autêntico (Pedro Miguel Matos Borges de Oliveira), atuais acionistas da Cofina, apresentaram compromissos ou intenções de subscrição de novas ações. Estes, em conjunto com os da Pluris Investments, totalizam 60 milhões de euros.
De acordo com o comunicado da CMVM, a Cofina pretende emitir 188.888.889 novas ações através de uma oferta pública de subscrição, uma operação “reservada a acionistas no exercício do direito de preferência e demais investidores que adquiram direitos de subscrição”. O preço foi fixado em 45 cêntimos, de acordo com a Cofina, que acrescenta que após o aumento de capital existirão 291.454.725 ações ordinárias com um capital social de 110.641.459,05 euros.
Contactado pelo Expresso, o empresário não quis fazer qualquer comentário. Mas em setembro tinha já dito ao Expresso que com a Media Capital poderia “fazer uma coisa com piada”, embora acrescentasse: “só farei comentários depois da operação se concluir. É só esperar mais alguns dias.”
Também esta quarta-feira, durante a conferência da Exame (e antes de ser formalmente anunciada a sua entrada no negócio de compra da TVI), declarou: “Quem compra, manda. Não conheço ninguém que compre e venha lá outro mandar”.
E deixou a garantia de que “a TVI não vai ser a CMTV”, acrescentando que “a compra vai ser uma benção”, porque a estação televisiva “estava sem rei nem roque”. “Não vai haver qualquer problema de gestão, porque o problema era não haver gestão.”
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