A reputação do gigante da indústria aeroespacial Boeing já tinha sido manchada este ano por dois acidentes da aeronave 737 Max que vitimaram mais de 300 pessoas. O fracasso, no passado domingo, da missão espacial com a cápsula Starliner não deixou a Dennis A. Muilenburg, presidente executivo (CEO) da empresa, outro caminho senão apresentar a demissão do cargo. Fê-lo esta segunda-feira. Será substituido pelo atual chairman (presidente) David L. Calhoun, a partir de 13 de janeiro
A demissão de Muilenburg foi comunicada esta segunda-feira pela Boeing, um dia depois de a cápsula espacial não tripulada Starliner ter falhado a acoplagem com a Estação Espacial Internacional (EEI), aterrando num deserto na região oeste dos Estados Unidos.
Em comunicado, a empresa refere que "o conselho de administração decidiu que era necessária uma mudança de liderança para restabelecer a confiança na capacidade da empresa de seguir em frente, numa altura em que trabalha para reparar o relacionamento com reguladores, clientes e todos os restantes stakeholders". A Boeing acrescenta ainda que a nova liderança permitirá à empresa trabalhar com um "renovado compromisso com a total transparência" e maior eficácia e proatividade nas comunicações com os reguladores globais e seus clientes.
Dennis A. Muilenburg será substituído pelo atual presidente (chairman) da companhia David L. Calhoun, que assumirá a direção executiva da Boeing a 13 de janeiro. Até à data, os destinos da empresa serão conduzidos pelo atual diretor executivo para a área financeira, Greg Smith. Com a transição de David L. Calhoun para a presidência executiva da Boeing, a presidência transita para as mãos de Lawrence W. Kellner, atual membro do conselho de administração.
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