Economia

Maior acionista da REN compra quase 50% da rede de distribuição de energia de Omã

O grupo China State Grid, que em Portugal é o maior acionista da REN (Redes Energéticas Nacionais), anunciou a compra de 49% da rede de distribuição de energia de Omã, na região do Golfo

É o maior acionista da REN (Redes Energéticas Nacionais) e acaba de comprar 49% da rede de distribuição de energia de Omã, na região do Golfo. O grupo China State Grid, que tem sede em Pequim e está sob tutela do Governo central da República Popular da China, não avança mais detalhes da compra, mas o jornal "Financial Times" cita fontes próximas ao processo para referir que o negócio terá sido fechado por mil milhões de dólares, cerca de €897 milhões.

A State Grid descreve a compra como parte da estratégia chinesa para ligar o sudeste Asiático, Ásia Central, África e Europa, abrindo novas vias comerciais. O grupo que opera a maior parte do sistema de distribuição de energia da China, afirmou que utilizará a sua tecnologia e experiência para melhorar a rede em Omã.

A empresa estatal chinesa é a maior concessionária do mundo e tem a sua maior presença além-fronteiras no Brasil, onde opera um total de 10.000 quilómetros de linhas de transmissão elétrica, incluindo no Rio de Janeiro e São Paulo, e está a construir mais 6.000 quilómetros, segundo informação do próprio grupo.

O grupo chinês detém uma participação maioritária na empresa brasileira CPFL, a maior distribuidora de energia do Brasil, num negócio avaliado em 4.500 milhões de dólares (4.200 milhões de euros). Em Portugal, fechou, em 2012, a compra de 25% da REN por 387,15 milhões de euros.

A estratégia de expansão em curso inclui a construção de linhas ferroviárias, aeroportos, centrais elétricas ou zonas de comércio livre, visando abrir novas vias comerciais e redesenhar o mapa da economia mundial. Bancos e outras instituições chinesas estão a conceder enormes empréstimos para projetos lançados no quadro da iniciativa, abrangendo uma malha ferroviária e autoestradas, a ligar a região oeste da China à Europa e Oceano Índico, cruzando Rússia e Ásia Central, e uma rede de portos em África e no Mediterrâneo, que reforçarão as ligações marítimas do próspero litoral chinês.

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