A presidente da Câmara Municipal de Almada diz que tem estado a “fazer o trabalho invisível” que faltava para começar a lançar obras. Defende que Almada não pode ser apenas um dormitório de Lisboa
A presidente da Câmara de Almada quer deixar a sua marca na habitação do concelho, o maior da margem sul do Tejo, na Área Metropolitana de Lisboa, com mais de 174 mil habitantes (2011). Em entrevista ao Expresso, exclusivamente sobre o tema do imobiliário, Inês de Medeiros, a mulher que derrubou 41 anos de liderança comunista no município, não tem dúvida de que é preciso construir “mais cidade” em Almada e não um dormitório. Mas pede a colaboração de todos para se criarem medidas conjuntas de incentivo ao aluguer de longa duração.
Fala de realojamento, mas não quer muita habitação social. Como vai fazer?
O que eu não quero é construir um bairro e fazer realojamentos em massa. O que nos lança um desafio maior. Um dos trabalhos hercúleos destes dois anos foi estabelecer a Estratégia Local de Habitação, com um horizonte de 10 anos e três objetivos estratégicos: melhorar a coesão social e territorial, aumentar a competitividade e melhorar a qualidade do habitat. Algumas medidas preveem o recurso a financiamentos da administração central através do 1º Direito — Programa de Apoio ao Acesso à Habitação. Nesse sentido foi celebrado um acordo com o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) para a reabilitação de fogos municipais a necessitarem de obras e o realojamento de residentes de áreas de habitação precária e de risco — entre as quais se incluem o 1º e o 2º Torrões da Trafaria e as Terras de Lelo e Abreu, na Costa. Acresce o protocolo, também com o IHRU, para a construção faseada de 3500 fogos a custos controlados para arrendamento acessível no âmbito do Projeto Habitacional Almada Poente. Esse protocolo prevê também a construção de uma unidade residencial com respostas diferenciadas para população com necessidades específicas.
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