23 novembro 2019 9:54
A procura de um quarto tornou-se num calvário para Margarida, estudante de Farmácia, deslocada de Leiria, onde nasceu, para Lisboa. O primeiro alojamento foi sugerido por um amigo de um amigo do pai: €300 por um quarto em Entrecampos, sem despesas, parecia uma oportunidade irrecusável. Só que, ao fim do primeiro ano, o senhorio decidiu colocar o apartamento em aluguer de curta duração e Margarida teve de ir à procura de uma alternativa. “Sabia que os preços eram muito elevados, mas não fazia ideia de que a primeira coisa que me diriam era que o preço não incluía recibo ou qualquer contrato de arrendamento”, conta a estudante, agora no 3º ano e que não quer ser identificada.
Histórias como a de Margarida repetem-se facilmente. Há poucas residências públicas (as chamadas ‘residências universitárias’ estabelecidas pelo Estado) e os estudantes são forçados a virarem-se para o mercado privado, cujos preços são inflacionado pela pressão turística. “A opção acaba por ser uma solução que não nos dá segurança, porque, além de não podermos apresentar as despesas para efeitos de IRS, podemos ser despachados de um dia para o outro”, contra Pedro, estudante de Engenharia, que também se encontra numa situação de arrendamento ilegal.
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