Os 630 mil associados e pensionistas do Montepio correm o risco de ver cortados em cerca de 30% os benefícios a que têm direito, ou de assumir um aumento das quotas, para reporem o equilíbrio financeiro da Associação Mutualista Montepio Geral, revela o “Público” esta sexta-feira. O objetivo será compensar as perdas da instituição que, de acordo com as últimas previsões, podem chegar aos 900 milhões de euros.
As fragilidades financeiras do Montepio são conhecidas das autoridades. O balanço da mutualista foi engordado em 850 milhões de euros, mas deixou o problema estrutural por resolver - o que pode acabar por abrir a porta a uma injeção de fundos com a eventual participação da Caixa Geral de Depósitos (CGD).
Esta sexta-feira, pelas 15h, o Conselho Geral do Montepio, reúne-se pela primeira vez desde que Tomás Correia, renunciou à presidência executiva.
Recorde-se: a “desistência” foi desencadeada pelo aviso de que a Autoridade de Supervisão de Seguros e de Fundos de Pensões (ASF) não lhe daria o registo de idoneidade para se manter como principal executivo da maior instituição da economia social, tutelada pelo Ministério do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social.
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