Economia

Comissões cobradas a clientes: Caixa diz que estão muito abaixo do que Bruxelas queria

Comissões cobradas a clientes: Caixa diz que estão muito abaixo do que Bruxelas queria
LUÍS BARRA

A CGD sobe comissões no início de 2020, como foi anunciado. Mas há uma garantia de Paulo Macedo: “A não ser por alteração de circunstâncias, a Caixa não tenciona voltar a aumentar as comissões durante todo o decorrer no ano que vem”.

Comissões cobradas a clientes: Caixa diz que estão muito abaixo do que Bruxelas queria

Diogo Cavaleiro

Jornalista

Os aumentos dos valores das comissões bancárias cobradas pela Caixa Geral de Depósitos aos seus clientes estão abaixo daquilo que foi acordado pelo Estado português junto da Comissão Europeia. O agravamento das comissões é uma obrigação aceite pelo Estado português com Bruxelas, como forma de compensar a ajuda pública recebida em 2017.

O objetivo era que esta rubrica aumentasse mais 100 milhões de euros até 2020, mas o valor até agora alcançado está abaixo do que deveria para que essa meta fosse atingida, segundo frisou o presidente executivo do banco, Paulo Macedo. “Muito aquém do plano”.

O tema das comissões tem gerado celeuma mediática e política. O banco anunciou o crescimento desta cobrança no próximo ano em vários serviços, como o MB Way. Uma forma de tentar aproximar-se do acordado.

Mais que isso não haverá. “A não ser por alteração de circunstâncias, a Caixa não tenciona voltar a aumentar as comissões durante todo o decorrer no ano que vem”, garante Paulo Macedo.

O banco público assegura que essa garantia é sobretudo para particulares, mas também para os restantes segmentos só acontecerá com a tal “alteração de circunstâncias”, como uma procura abrupta de depósitos de grandes empresas que possam estar a fugir de comissões cobradas noutros bancos.

Nos primeiros nove meses do ano, a CGD registou um crescimento de 2% das comissões bancárias, obtendo 374 milhões de euros. O banco registou lucros de 641 milhões de euros, e assumiu que é "plausível" pagar pelo menos 250 milhões em dividendos no próximo ano.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: dcavaleiro@expresso.impresa.pt

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